Princípio de Carnaval

Atravessamos, após de casa sairmos eu e meu irmão, muitos lugares extremamente feios, e por vezes de gente quase desertos, até chegarmos no Lídia Queiroz. Ou no Sítio do Meio. Vários locais em nossa cidade são com tantos nomes de confundir até Satanás. É que nem uma parte de José de Lemos que pode ser Alto José Leal ou Jardim São Pedro. Bairros então sem limites claros: ao menos assim pela boca torta do povo.

Chegamos no Lídia Queiroz. Ou no Sítio do Meio. Por trás da capela de Nossa Senhora da Conceição. Na saída da troça "Barrigas d'Água". Muita gente lá no domingo que vem imediatamente por antes da sexta gorda. Tão gorda não qual mulher a jamais desejar que lhe chamem de gorda bem gorda mas baita mulher gorda de tanto se gostar a ponto de quebrar a cama no gozo sexual.

O Lídia fervia com o frevo. Suava feliz com sol alto que nem a gordelícia já por aqui descrita. No passo de seu frevo tremia qualquer chão. Eis a gordona Lídia com sua barriga d'água. Fomos acompanhar a troça pelo seu trajeto completo de terminar quase na Praça do Jacaré. Jacaré que por vezes de sua piscina saía para comer frutos do mar no Boteco do Camarão.

Na Ponte do Dique, se com rio limpo, teria gente de tuia com sungas ou biquínis e latas de Pitú nas suas mãos a cantar no pulmão todo bem assim: "Eu quero frevo! FREVO!". Por qual motivo? Só no tarol se faz orquestra? Jamais! É para tocar frevo, Braz e companhia! Todavia Braz me diz a malícia do pessoal "barriga d'água" que nem água direito lhes davam para saciar as goelas. É barriga demais com água pouca? Não creio. Digo logo: má vontade.

Quem faz Carnaval é gente de música com a populaça. Resto vem a ser atrapalhos ou brinquedos. Entretanto cadê valorizar ambas essas partes essenciais da pernambucanidade? Cadê? Gente que faz assim música com sol de rachar o quengo do cocoruto deveria paga ganhar a peso d'ouro! Nada digo sobre nós, povo, que de tudo quanto jeito for recebemos tratamento no Brasil menos a pão-de-ló. Mas... "EU QUERO FREVO!".

Nas alturas da FACOL... Lá vem o prefeito! Paulo Roberto Leite de Arruda. Com sua filha, deputada federal, Iza Paula de Deus e Melo Albuquerque Arruda. Que nos cinco dias pelo reinado de Momo vai pedir a qualquer orquestra para tocar "Leão Quebra-Ossos". No "Barrigas d'Água" não escutei tal quebradeira. Quebradeira linda de se dar não ouvidos somente mas também coração aliás. Só na saída do Leão, clube da Matriz de Santo Antão, eu com meu irmão, já no Carnaval, de noite, pelo domingo.

Quê? Vem a ser o "Melo" da filha do prefeito com dois "éles"? Se for para ter entrudo basta melar com um só.

Dois anos esperando tal maravilha que nos contentou neste domingo. Porém nunca tínhamos brincado nesta troça. Na primeira vez foi quase dez para mim. Nota sete para meu irmão Ewerton Sérgio de Moura Gonçalves Exigente de Ser Chato para Dedéu. Porém ainda de Carnaval na vera comentarei nos próximos textos. Infelizmente poderia ter sido melhor após dois anos sem: já digo logo. Mas: pior sem. Agora nós fomos tomar sorvete na Madoska.

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