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Professor!...

É Mauro quem agora vai falar no fim da missa. Conta tão bem qualquer história que pensei ser ele das ciências humanas. Porém não: exatas. Mais precisamente química. Professor de química. Contudo querido por Clio. Sua voz com excelente dicção precisa fatos acontecidos com Diogo de Braga: que nos traz a devoção a Santo Antão do Egito. Diogo: que veio para Pernambuco saindo da Ilha de Santo Antão em Cabo Verde lá pelo século XVII. Na procissão, embalada por caixas de som em um poste sim outro não de seu percurso, Mauro faz louvações à fé católica. Fervorosas! Ácidas, levemente sim mas ácidas, para contrárias posições. Relembra Mauro, por outra missa, tal ou qual acontecimento que casa bem na retórica sobre quaisquer homenagens. E dados e dados bem colhidos de vária vida são semeados a quem sabe compreendê-los. A pedagogia de Mauro vem a ser historiógrafa. Porém a saber lidar com os elementos retóricos. O balanço? Coisa fina de se dar ouvidos demais atentos! Em palavras ditas co

Zé Pereira Chegou!

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Vitória de Santo Antão, no sábado de Zé Pereira, vive no topo de seu Carnaval. Topo, diga-se bem, andino. Comparável ao do Recife, que vem a ser himalaio, no Galo da Madrugada. Folia que, de tão alta, foi criada por alguém extraterrestre! Seu nome vem a ser Etesão. Com Etesuda, seu cônjuge, faz pular frevos e mais frevos extremamente rasgados quase metade de meu burgo. Quase metade de minha cidade sabe, por agora, descer a ladeira do Braga: tão estreita quanto das amizades excelentes seus abraços. Ou das paqueras ardentes seus enlaços de bem fazer amor. E raia pelos logradouros próximos até tomar conta de boa parte do comércio vitoriense pois é multidão. E muita gente de fantasia! Sim: é tempo de Momo. Com vária gente de pouca roupa pois é calor de coração e não só de sol. Alguém bêbedo, não somente bebum mas já para lá de Bagdá por até, consegue frevar ainda: bem embalado pela cachaça. Sabe cambalear no pulso das orquestras: infelizmente só duas. No mínimo do mínimo ser quatro deve

Desídia Foliã

Na direção da praça da matriz de Santo Antão o Bloco da Saudade retornava. Porém irreconhecível. Não pela beleza refinada de suas fantasias. Nem por seus frevos cantados e tocados com primor. Tampouco por um encanto que sempre despeja pelos ares em torno de seu galante passeio carnavalesco. Mas por falta de gente foliã. Parte de seu percurso, pois aquilo que pude presenciar em parte foi somente, tinha praticamente ninguém. Acompanhando seu carnaval em Vitória? Sim. Mas... E pessoas nas calçadas? Um tanto. Mas... E pessoas nas praças? Um bocado. Mas... E pessoas sei lá por onde de bobeira? Seis ou nove quiçá. Sim. O célebre Bloco da Saudade fez seu cortejo para meia-dúzia por Vitória de Santo Antão. Divulgação falta? Falta valorização de nossa cultura? Falta sabe-se lá mais que coisa podendo faltar? Respondo: falta vergonha na cara! De quem organiza carnavais e do povo vitoriense. Nem hei de comentar o Taboquinhas a completar cem anos como se fosse cem dias. Em sua marcha-regress

No Passo do Frevo

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Praticar gestos imediatamente percebidos abruptos em mugangas, quase sempre por um aparente taco-taraco, mas expressados com movimentos enfim a buscar êxtases hagiográficos, determinam a base do passo de frevo que criativo baila tão original quão é a criação toda só divina. Não há possivelmente dança contemporânea bem feita por além da frevada. Tamanha capacidade de ser assim uma manifestação intensamente corporal atinge vários limites até da matéria num fervor confundível aos espasmos epilépticos. Porém, em ímpar arte que registra quão a beleza pode ser tátil por um arroubo pleno das anatomias humanas, é composição admirável a demonstrar o pulso de qualquer energia: palpável à contemplação que tão apaixonada por tanta performa deseja tomar para si todos os apetites de viver. Quando se presencia tal espetáculo difícil é não sofrer o contágio de querer demais sem pudor algo que conseqüentemente tesão estará concebido só corpo nas suas inúmeras possibilidades de compôr ações anárqu

Busílis

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Uma nojeira de marmanjos a se masturbarem, nefasta caterva, perante mulheres jovens em seu jogo de vôlei por esportivas disputas universitárias. São os corpos desportistas a glória da Terra por sua capacidade valorosa de ser ínclito corpo pois a vida neles se manifesta no seu melhor, e maior talvez até, vigor. O vigor consigo necessariamente traz a beleza. Beleza que deve ser objeto devocional pois ícone do ser divino. Porém o mundo jaz em Satã: lembra-nos João Evangelista. No mal então se profana. Tanta profanação vem até do ser, assim de suposto, religioso. Que diz contrariar heresias gnósticas mas pelo corpo nu do ser humano só percebe tentação e mais nada. Já daqui principiam vários dos maus tratos muitos ao corporal que demandarão futuras taras doentias. A mulher, principalmente, não pode se despir sem ter medo da bestialidade quase sempre máscula. Quem deseja punir a mulher pela sua beleza? Punir a criatura diva que vem a ser incomparavelmente feminina? Por qual motivo nudi

Manifestações Intoleráveis

Alguém da canhota, durante nossas últimas eleições, com vários alguéns a lha corrobar pois trato cá de mensagem compartilhada nesta rede mundial de computadores, disse ficar contente de feliz pois ninguém admirável para si declarou voto, pela disputa presidencial, no candidato Jair Bolsonaro. Ninguém por quem admiração ela manifesta defende tal Messias e suas pautas. Eu, de não ser essa pessoa, bem digo, de bendizer até, o contrário. Tem gente demais admirável para mim a ser bolsonarista. No mínimo defendendo várias pautas relacionadas, bem ou mal, com Jair. Tamanho contentamento, que me vem a ser alheio, como já disse neste texto, mas repito pois é bem alheio, demais alheio, de minhas aspirações políticas, é nefasto para qualquer convivência social que necessita do ser político. Por quaisquer oposições a mim alguém admiro: muçulmanas e protestantes, anarquistas e progressistas, agnósticas e também atéias. Do contrário me consideraria no senhorio da verdade: não em busca dela. Quem é

Notas, Notas e Notas

Impressionante: quando durmo sou mais inteligente que na vigília! Todas as idéias absorvidas por mim cotidianamente são interligadas de várias maneiras novas e criativas enquanto sonho. Jamais consigo fazer tanto se não for com sono. Deve ser então por isso que minhas sonecas são tão duradouras... As amo sim de paixão! § Escutei maior parte dos hinos pernambucanos municipais. Muitos são dignos de risadas que nem os de Pombos (... Pelo progresso de Pombos/ Com a força de nossos lombos...), Jupi (... Berço de nossos heróis!/ Terra de nosso viver,/ De nosso querer,/ Amada por nós...) e Paulista ([Foi Juliana Rocha quem me fez este dar por conhecido de mangar a valer]... Em cima o céu é mais azul, é mais bonito,/ Embaixo a brisa tem aroma de eucalipto...). Tantos outros são estranhíssimos que nem os de Jaboatão (... Teus altos que a gente vence/ Até sem ser jaboatonense...), Garanhuns (... Salve, Garanhuns!/ Os jardins, as palmeiras e alguns/ Pedaços do céu...) mais Caruaru (... Te