Rudimentos Essenciais

Quer Cristina conquistar Nossos corações e mentes, E também terras e mar, Só com roupas transparentes. + Castiçais de luz eterna!... Castiçais de luz melhor!... Alumiem minha dama: Quero ver a minha dor.

Eloá, quando se faz humana, vem a ser gigantesca. Gigantesca? Na verdade giganta qualquer é, perto dela, nanica. Todas as musas para si lha desejam sempre. Só são aquilo que são por causa de tal desejo. Tenta seus passos acompanhar assim em tremenda correria Calíope... Tersícore continua dependurada nas madeixas da vera titânide pois as nove por uma toalete surgiram: assaz prazerosa na qual Eloá tomava de Sofia cafunés... Euterpe fez asas para si na tentativa de contemplar embasbacada por mil vôos tamanho mulherão... E Clio? Clio deseja percorrer tal corpanzil inteiro. Tanto por fora quanto por dentro. Morar em todas as suas partes até. Sete por uma... Mais tantos outros anos por outra... Quer escalar portanto tal imensidão sem medida para tomar um percurso sem fim! E Clio nunca desejou que tal se findasse: seu prazer está por sentir Eloá bem em cada pedacinho. Sofia quis ser encarnada na tão humana mulher. E foi bem! Assim Eloá quis retribuir o tesão que Clio tanto lhe dá.

De Raquel atenção quase nenhuma dar: o metrô com sua greve me faz tomar um ônibus que, por Moreno mais Jaboatão passando, chega na Dantas Barreto. Com saudades estou da Bom Jesus dos Martírios apesar de nunca lha ter conhecido. Quão a Dantas é triste! Quão a Dantas é feia! Quão a Dantas é desoladora! Tomo nela direção então ao consultório de meu psiquiatra lá pela Madalena. Na volta, de matar as minhas saudades do Recife, chego vagarosamente mais uma vez à Dantas Barreto para tomar um ônibus que, por Jaboatão e Moreno, retorne para minha querida Vitória de Santo Antão. Quão a Dantas é triste! Quão a Dantas é feia! Quão a Dantas é desoladora! Fim de tarde. Sou livre de tal avenida desoladora pois a Borborema parte do Recife com seu veículo desconfortável. E rezo meu rosário qual na vinda. Logo no primeiro terço dou meu cochilo por entre mistérios. Desperto vou terminá-lo. No segundo terço, pelas alturas de Jaboatão, alguém com um espírito de Dantas Barreto sobe pela viagem. Som al

Tanta nudez nos é contemporânea!... Porém é verdadeira? Pergunto tanto pois a verdade se quer nua. Mas após Eva tomar da pêra seu veneno nos vestimos em vestes sobre vestes. Vestes de pouco nos dizer e vestes de muito nos desdizer. Em disfarces. Embuçando qualquer ser ou coisa pois. Em nós infelizmente pegadas afinal qual segunda pele. Por um artifício maléfico transparecido nas mazelas sociais ou nos atormentos particulares. Encontrar alguém então de corpo nu vem a ser algo tão necessário quanto respirar até. Ninguém amadurece sem estar nu! Ninguém amadurece também sem alguém nu contemplar! Em e por todos os sentidos. Nu pelo corpo sexual desenvolvido na sua plenitude. Dos corpos chegamos nas almas. Nas almas alcançamos o Ser Senhor nem que seja tão-só para chuparmos o leite da vida pelos bicos de suas mamas. Assim eu sou nudista. De ser não só nudista mas igualmente naturista. Do natural essência divinamente. Portanto sexo jamais mal feito: tão infeliz pois na maior parte das nos

Satanás: alguém idiota por completo. Não percebia disso qual a dimensão enquanto no meu adolescer: incrível a dar ouvidos atentos para certa voz de pessoa velha quando pelo meu caminho d'alcançar igrejas ou colégios. Esta conta da queda de Lúcio, que se torna Lúcifer em profundas abissais, após não querer obedecer a Deus. Mas... Obediência? Meu adolescer a querer ser juventude transviada detesta tal palavra. Porém mal sabia que Satanás exige mais obediência que Deus. Eu repelia tal obedecer na verdade: não o das imensas alturas. Contudo para saber eu de tanto soube penar. Às alturas obediência: só fará bem pois o Ser Senhor é sumo bem. Seremos bem nós enquanto tão-só com o Divo Ser. A consciência plena nesse Ser é. Qual a nossa senão parcial? Então é de juízo por aquela: não bem por esta que somos. E mal por inúmeras vezes! Por sofríveis de já tão incontáveis.

Fazer amor com Deus: Desejo de mulher. E nestes versos meus Florbela bem nos quer Pois tal revelação É só seu coração. Fazer amor aos Céus Bem nu pois sem pudor! Meu canto sem ter véus Revela do calor No peito de Florbela Qualquer vontade dela. Fazer amor somente Jamais por terminar. Um corpo finalmente Desnudo quer nos dar O seio de tal flor Que bela tem amor.

Do lugar de fala mais nada digo senão que, por hoje, só vem a ser impeditivo de se manter uma discussão qualquer. Um afinal cala-boca. Censura das estúpidas que nem as militares em 68 principiadas. Porém existe tal lugar? Sem dúvida que sim. As perspectivas são inúmeras quase. Só mantém a consciência plena de tudo quem é Ser Senhor. No juízo final, então, vai se pôr um ponto final sobre todas as discussões: ao menos assim o cristianismo promete. Mas o ser humano capaz é de ter empatia já por alguém ou algo que lhe vem a ser próximos. "Nada daquilo que é humano me é alheio": diz sabiamente Terêncio. Querer desconsiderar o lugar de fala vem a ser ensinar padre-nossos a vigário. Portanto sem empatia tal desconsideração! Agora ter empatia não é ser besta. Não se pode no conto do vigário cair. Atenção a quem usa do seu lugar de fala demais! E só da sua mera perspectiva sobre qualquer realidade. Perspectiva sem quaisquer outras compreendida vai se tornar em louca fantasia.

O corpo feminino de biquíni Por mar e sal com gosto de cerveja. Na loira cor do sol eu me sacio. Na pele cor de praia: meu descanso. Biquínis desejando minha sunga. São três. As graças nunca mais são gregas! Em Pernambuco são. E bem comigo Contentes e felizes se casaram. Não há mais homem por além de mim! Mulheres em milhares me desejam. As graças bem controlam seus ciúmes. Agora bebo suco de cajá. Por Itamaracá Minerva quer Fazer amor comigo finalmente.

Meu corpo por inteiro quer ter paz! Até na voz!... A voz que diz algo sobre qualquer ser. É dito tudo bem só com amor. Não é Vênus quem a tirar as vestes de Minerva vai? Sofia só deseja ficar nua. Meu corpo só com ela quer ter paz! A paz de contigo minha vida ter, Oh ser angélico! Paz de contigo minha vida ter, Oh ser humano! De convosco minha vida ter, Céus e Terra! Diálogo não há sem fazer amor. É mar de se banhar sem um pudor sequer! Meu corpo por inteiro quer ter paz? Sofia só deseja ficar nua. Meu corpo só com ela quer ter paz! É mar de se banhar sem um pudor sequer! Qualquer alma que se banha tem um corpo. Canta Rildo de Deus: "Os anjos nunca tomaram banho". Mas os anjos amam apreciar alguém a se banhar Em águas até no coração lhe lambendo. Digo mais: e quaisquer anjos encarnados estão nus! É mar de se banhar sem um pudor sequer. De vez assim para sempre dialogo Na praia de nudismo com todas as mulheres Amáveis desde sempre. Não é Vênus qu

Jamais estarei longe da poesia por causa de política. Ninguém há de me retirar a música por causa da república. Nunca com tua voz a se fazer cada vez mais alta, quem quer que seja, Repleta de queixas para quem as quiser ouvir, Vais me pôr aos teus pés após largas querelas sem descanso Pois aos pés só das musas me rendo sem apelo. Não há bem maior que nem o de contemplar a beleza. Quem só deseja bem fazer se santifica. Quem só deseja grandes feitos tem heroísmo. Quem só deseja fazer melhor é genial. Só tal gente poderá contribuir de verdade com qualquer bem-estar humano. Tamanha gente que sabe ficar ante tudo quanto for belo! Mais nada bem assim desejo por além de ficar aos pés das musas. A república sem outra vai construir um imenso pedestal Com Minerva por seu mais alto ponto, sendo rainha do milho, Mais as musas a lho rodear em ciranda de Lia. Que Sofia bem lho ponha nos arrecifes do meu Recife!

De nossa literatura vem a ser um dos nomes clássicos Antônio Ferreira. Clássico no sentido restrito do termo: fazendo parte da geração beletrista que deu para nossa língua sua forma definitiva. Geração de Luís Vaz... Grande Camões que soube dizer a nossa língua por sua melhor forma! Quem, todavia, declarava por alto bom som a vontade de lapidar bem sua língua sem dúvida vem a ser Ferreira. Conscientemente tentou dar um acabamento primoroso de chegar aos ombros da latina... Sem sucesso! Basta comparar seus versos com os camonianos. A valorização, porém, do grão idioma de Pessoa vem definitivamente dele. De tal geração só Ferreira punha por escrito sua literatura tão-só na língua materna. Todos os outros nomes literários de seu tempo no mínimo bilíngües eram nos seus escritos. Bem... Eis um de seus poemas duros e juntamente deste minha tentativa de melhorá-lo. Da pontuação na poesia ferreiriana: minha para melhor fruição de sua leitura. No mais... Apesar de não ser astro de primei

As atitudes corriqueiras de quem me faz oposição política não me surpreendem apesar de me deixarem infeliz. Infeliz? Sim: infeliz. Infeliz por perceber que de tanto pregarem tolerância já são elas intolerantes em maior parte; que de tanto combaterem injustiças perpertrarem outras tamanhas, ou maiores até, quase sempre; que de tanto desejarem o diálogo chegarem a ponto de prometer nunca mais, em boa parte delas, tomar qualquer contato com quem lhes mantenha discordância; que de tanto pedirem amor em sua maioria manifestarem ódio constantemente. Não vem a ser uma simples e pura contradição das medonhas isso tudo? Mas por qual motivo não me surpreendem tais atitudes assim tão contraditórias? Pois são infelizes atitudes fanáticas apesar de se considerarem adversas a qualquer fanatismo.

Guardei meu pau na tua bocetinha Tão duro qual um ferro que bem quente Vai pôr qualquer tesão ao transcedente De nos foder demais em toda linha. Jamais um pau te quer assim sozinha Pois sem qualquer pudor surpreendente Meter em ti gostoso vai somente Meu gozo de te ter então só minha. Boceta tão molhada de teu ser Quer minha porra já!... Seu paladar Quer mel só de mulher sem outro ter. Após sair do lar e bem passar No cu de seu amor o meu poder Despeja teu querer de bem gostar.

"Estudante sou. Nada mais. Mau sabedor, fraco jurista, mesquinho advogado, pouco mais sei do que saber estudar, saber como se estuda, e saber que tenho estudado" (Rui Barbosa). "Ler demais é deletério pois nos dá uma falsa impressão de inteligência" (Carolina Belém). Minha cabeça sempre transbordará coisas e mais coisas estudadas... Bem? Mal? Quem costuma me ler dirá! Porém jamais suficientes para se compreender bem algo por mínimo que seja. Mas... Esta sina tão-só minha vem a ser ou é a de qualquer ser humano por seus estudos? As mentes, na consciência de tanto, costumam empancar aqui com dois jeitos: ou na desesperança que nada vai de fato conhecer enfim, a se tornarem então mais tantas de quantas meras diletantes, em nosso pensar contemporâneo demais reconhecíveis, ou muita segurança manterão no pouco conhecido que vão tomar isso quase nada suficientemente para se conhecer, assim obviamente de suposto, tudo na prática. São ambas as atitudes, ou posturas, equí

Por um ostensório raios... São outros do sol agora! Também sim para mim: dai-os. Jamais pois se vão embora Do coração que fiel Seu ser por eles bem chora... Sob um simplório dossel.

Mais uma vez bebo cachaça. Mais outra vez em ti penso. Deveríamos estar novamente de corpos nus, com pensamentos bêbedos, em dupla cá por casa que nem... Ontem? Quarta passada... Terça? Sei lá! No meu quarto. Sim: agora! Casal a fazer amor e de conversê. Quão és bela que só Maria Madalena para superar tamanha beleza! Sei que não tens amor por mim porém... Que se foda pois amo-te! Tudo que teu for amo. Tua capacidade de bem fazer algo sobre qualquer vontade. Também a tua bocetinha. Tua voz melódica no gozo. Que nem teu cu por meu beijo grego. Mamar teus seios: uma delícia! Meu sustento. Valho nada: sei. Mas estou na brasa da paixão. Ao diabo vou com gosto só para mais uma vez gozar a tua formosura nem que seja tão-só por aqui nas imaginações! Perdão a tal atrevimento. Não vai ser o derradeiro contudo. Sou fraco com bebida. Que vontade de fazer amor e dormir contigo!... Que vontade! Chama qualquer feminista para tentar me pôr na cadeia pois assedio-te. Sim? E depois gozar

As cartas agora recebem títulos. Os postais assim são quase todos eletrônicos. Já não escrevo letras com o sangue de meu pulso Mas ainda posso dizer tudo que sinto. Por um alcance maior antes inimaginável Tamanho pombo-correio bate suas asas tão além Que promete chegar com seu vôo bem a frente dos nossos sonhos. Os anjos prevendo tal comunicação, Êmula das suas que são estalos de Vieira, Mil inspirações desde sempre lançam sobre nós. Tanta coisa boa feita bem de muita Não mais é que rede mundial por hoje: Tecnologia do segundo Que pode bem algo dizer eterno. 11. 09. 2020

Atravessamos, após de casa sairmos eu e meu irmão, muitos lugares extremamente feios, e por vezes de gente quase desertos, até chegarmos no Lídia Queiroz. Ou no Sítio do Meio. Vários locais em nossa cidade são com tantos nomes de confundir até Satanás. É que nem uma parte de José de Lemos que pode ser Alto José Leal ou Jardim São Pedro. Bairros então sem limites claros: ao menos assim pela boca torta do povo. Chegamos no Lídia Queiroz. Ou no Sítio do Meio. Por trás da capela de Nossa Senhora da Conceição. Na saída da troça "Barrigas d'Água". Muita gente lá no domingo que vem imediatamente por antes da sexta gorda. Tão gorda não qual mulher a jamais desejar que lhe chamem de gorda bem gorda mas baita mulher gorda de tanto se gostar a ponto de quebrar a cama no gozo sexual. O Lídia fervia com o frevo. Suava feliz com sol alto que nem a gordelícia já por aqui descrita. No passo de seu frevo tremia qualquer chão. Eis a gordona Lídia com sua barriga d'água. Fomos acomp

Nossas instituições humanas, em geral, quando meditadas demais por alguém que deseja realmente sobre qualquer coisa saber, ou seja, por alguém que deseja simplesmente filosofar, ainda são meros brinquedos mal feitos se com as excelentes brincadeiras infantis comparadas. Os seres humanos adultos quase sempre dizem e redizem conterem a capacidade necessária consigo de lidar bem com a vida mas é tanto só palavreado do bom e mais nada por além de garganta. Não é na repetição simples dalgo qualquer no dito que se criará nele realidade pois o dito redito não há de ser necessariamente bendito. Tampouco na magia se faz assim. E nem impretando com mil jaculatórias ao Ser Senhor até. Conseqüentemente várias almas supostas adultas se levam com tanta seriedade que conseguem a vida, supostamente por uma lida boa levada, transformar em algo só desgostoso. Tal desgostosura, se constante, faz enfim qualquer viver insuportável. Portanto sem Carnaval ou belas artes, para só citar dois bons exemplos, dos

Sei que combinamos a madrugada somente. Mas... Vamos amanhecer? 21. 10. 2010 Manhã

As importantes decisões a serem tomadas são quaisquer decisões jamais alheias. É por isso que vem a ser tão importante qualquer pessoa ter a sabedoria necessária para bem tomar as suas próprias decisões. O tal feliz ser ignorante portanto não existe. Nada vem a ser tão necessário quanto ter, ao menos alguma, sabedoria. Nenhuma capacidade de meditar se dará sem o conhecimento tanto de Céus e Terra quanto de vísceras e coração. Inexiste pois um ser de religião, ou consciente pelo menos, sem com Sofia ter amizade. Quem à fé tem apego com nenhuma racionalidade transforma qualquer estupidez em seu cúmulo. Daí vem o fanatismo. Fanatismo que se tornou moda com as ideologias políticas: imitações da religiosidade baratíssimas de valer praticamente nada. Porém medonhamente destrutivas. Elas defendem mil idéias disparatadas sendo verdade. Mas podem ser verdades e disparates ao mesmo tempo? Sim: impossível. Entretanto tal impossibilidade terá de ser aturada no mínimo. No máximo? Tomada como

Quem carrega sua fé nos ombros Recebe, das mãos divinas, um andor completamente seu Com as flores prometidas: Ornamentos desejados. Antes, embaixo. Depois, agora, por cima. Não mais a procissão da via dolorosa! Já no fim das estradas percorridas Os ouvidos escutam hinos onde vozes entoam corações E lágrimas ardem os Céus com os fogos de seus olhos. 26. 12. 2009 Noite

"A alma ama seu corpo e o tem como uma bela vestimenta e um adorno encantador" (Hildegarda de Bingen). "A arte, em seu anelo de simbolizar da melhor forma possível sua concepção do belo, tem recorrido quase sempre ao corpo humano" (Guilherme Shield). "A relação entre o homem e o vestuário não é, em primeiro lugar, de natureza moral e sim, de natureza metafísica e teológica. Com esta questão aproximamo-nos das verdades mais centrais da fé cristã; impossível, pois, resolver um problema metafísico e teológico por meio dum simples julgamento moral" (Érico Peterson). "A vida não foi inventada pela moral" (Frederico Nietzsche). "O recurso à fraude e aos sofismas na defesa da revelação traz-nos com muita freqüência à lembrança a conduta leviana dos poetas que sobrecarregam seus heróis 'invulneráveis' com o peso inútil de armaduras incômodas e frágeis" (Eduardo Gibbon). A bela nudez sempre requer a promoção do contato com alg