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Passados Sete Lustros

"Eu sou eu e minhas circunstâncias" (Ortega y Gasset). "Circunstâncias? O que são as circunstâncias? Eu sou as circunstâncias!" (Napoleão Bonaparte). "O homem imprime necessariamente em todos os atos da vida as condições do seu ser" (Alexandre Herculano). Pelos meus textos ainda tenho qualquer amor exagerado de por eles querê-los todos publicados e bem um dia lidos. Demais em fúria por até se lhos perco nas vicissitudes da vida! Contudo preciso ter em mente que meus escritos não são afinal lá grande coisa. Tantos que leio nesta rede mundial, por exemplo, melhores e que suas autorias tomam eles somente como seus apontamentos e nada por mais enquanto tomo quaisquer meus em sofreguidão de lhos guardar e bem como feituras de gênio!... Minhas ridicularias são tantas, Céus!... Tantas!... Eis delas uma. Dá trabalho de lhos escrever mas é labuta por aperfeiçoar algo: não de grande feito. Quem sabe por um dia não chego no feito literário grande de comport...

Valor Ímpar

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Amo Carnaval. Adoro contemplar corpos adultos de seres humanos nus. Assisto filmes, aprecio trabalhos artísticos, leio livros e músicas escuto que seriam proibidas terminantemente pelas inquisições carolas da vida. Mais tantas outras atitudes equiparáveis com essas não me fazem ser tradicionalista. Sim! Apesar da preferência minha pelo missal de São Pio V. Por motivo nenhum, entretanto, deve-se perseguir tradicionalistas em meio católico. Só conseguem, em hegemonia, lidar com as diferenças que lhes convêm? Isso não é tolerância! Costumo receber, aliás, hóstia de joelhos ao chão e dada na boca. Porém atual moda vem a ser tomá-la com as mãos e dela se por assim servir. Meu costume, dos antigos, destoa portanto do comum hoje que vem a ser a comunhão na mão leiga. Polêmico se tornou por até pois o Catolicismo sofreu mudanças drásticas após o Concílio Vaticano II. Sei que Jesus, ao derramar o sangue no madeiro de seu grande sacrifício, não só banhou nele Maria Madalena mas também tudo p...

As Festas Essencialmente

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Mal protestante de nada querer bem festejar por causa, principalmente, de sua grã estupidez!... Êta! Tem alguém protestante me lendo? Certa vez um amigo de meu pai, Chico, de São João Batista se lembrou na conversa que tínhamos sobre festas profanas. E me fez ouvir um comentário protestante de que João não seria grato por nossos festejos em seu louvor com quadrilhas, forró, Caruaru mais Arcoverde. Talvez eu poderia com isso concordar? Talvez hipoteticamente. Porém de certeza não. João vivia frugalmente pois o noivo chegado não havia. Qual noivo? Jesus: o noivo de Madalena. Mas hoje nós estamos nos anos da graça de Nosso Senhor! E João é primo de Nosso Senhor! Anunciou por Israel Nosso Senhor! E feliz morreu pela verdade de Nosso Senhor! Hoje João tomaria pitu na degustação das comidas de milho. Bateria palmas às quadrilhas juninas. Ou, se menino, soltaria fogos para dar arrepios mais aperreios ao demônio. Bem... Uns dois apontamentos para servirem de meditação. João Batista com...

Duas Casas

As noites juninas por mim festejadas não são já felizes que nem as com minha bisavó. Constelavam os Céus perante minha casa diversos balões. E saíamos a caráter em direção à casa de Luísa por alguns quarteirões, poucos, de caminhada: no meio das fogueiras, dos estalos dos fogos e dos risos das gentes. Vó Luísa... Que recebia visitas de várias pessoas enquanto se tocava forró de primeira. Forró do bom arretado! Sim: pé-de-serra. Canjicas e canjicas abocanhadas e também oferecidas por vozinha que lhas fez a quem é de seu conhecimento. Conversas e conversas. A simpatia de minha tia-avó praticamente também madrinha. Fogos e mais fogos. O cheiro de lenha na fogueira pelos ares. E milhos assados por suas brasas. E moças bonitas a passear nas ruas. E tentativas frustres para dançar quadrilhas. E Nosso Senhor querendo comigo dialogar por meio de São João criança. São João menino com seu cabrito. Tal cabrito resolveu, certa vez, escapulir dos braços joaninos. E fez uma bagunça pela sala de ...

Anotação Íntima

Gosto de bebidas alcoólicas e quem me conhece sabe bem disto. Na meia-noite de Nossa Senhora da Conceição Aparecida bebo. Por um momento, da janela do meu quarto, lugar que já foi de vozinha (Que lha tenham os Céus!), que nem a casa também, o muro contemplo que se bem alteia por minha frente tolhendo qualquer bisbilhotice tanto de rua quanto vizinha. Por um lado sou feliz com isso mas por outro não. "É da vida!": diz Ester a mim após saber assim de meu não e sim agora dito. Mas que vida, pelo menos, vem a ser a minha? Costumo sentir demais qualquer coisa. Para meu gênio poético tal atitude para com a vida salutar é. Todavia para meu viver cotidiano jamais e nunca me dará tanto saúde. Sofro com depressão inclusive. Por um momento sinto baita felicidade pois menos ainda terei de lidar com ignorâncias mil de quem uma vida medíocre vive (Mal alguém desse jeito sabe que tal viver enfim é tão-só sobrevivência!). Mas em outro também apiedo-me de tal gente. Talvez a convivência... Nã...

Tristíssima Contradição

Um dos momentos importantes na vida, daqueles em que se dão estalos intelectivos, em pouquíssimo tempo, sucessivos uns aos outros, elevando níveis de compreensão sobre coisa qualquer em quem quer que seja, comigo foi quando dei meus ouvidos a Raul Seixas. E logo me tornando fã de tal compositor de canções: assim igualmente se fez meu pai. Meu pai: tão crítico de tudo desde sempre mas demais com um "Maluco Beleza" que lhe dava bom arsenal para bombardear algo qualquer estabelecido por instituições ou sociedades... Que se tornaria porém, muitos anos depois, um apaniguado de Jair Messias Bolsonaro: político tão abjeto quão a bisonha vontade de ser alguém estúpido somente. Não sei lidar bem com isso... Realmente não sei. Surpreendente? Sim: infelizmente.

Professor!...

É Mauro quem agora vai falar no fim da missa. Conta tão bem qualquer história que pensei ser ele das ciências humanas. Porém não: exatas. Mais precisamente química. Professor de química. Contudo querido por Clio. Sua voz com excelente dicção precisa fatos acontecidos com Diogo de Braga: que nos traz a devoção a Santo Antão do Egito. Diogo: que veio para Pernambuco saindo da Ilha de Santo Antão em Cabo Verde lá pelo século XVII. Na procissão, embalada por caixas de som em um poste sim outro não de seu percurso, Mauro faz louvações à fé católica. Fervorosas! Ácidas, levemente sim mas ácidas, para contrárias posições. Relembra Mauro, por outra missa, tal ou qual acontecimento que casa bem na retórica sobre quaisquer homenagens. E dados e dados bem colhidos de vária vida são semeados a quem sabe compreendê-los. A pedagogia de Mauro vem a ser historiógrafa. Porém a saber lidar com os elementos retóricos. O balanço? Coisa fina de se dar ouvidos demais atentos! Em palavras ditas co...