Metafísica do Sexo

Fazer amor não é mesma coisa que comer ou defecar.

Quanta gente não fala por aí que todas essas três, e mais outras genéricas, são necessidades humanas imperiosas por igual... E por causa disso melhor é praticá-las até com indiferença...

Que nem devorar ou cagar? Jamais!

Nem hei de tratar do celibato por ser algo tão óbvio!... Fiquemos agora principalmente com a nossa parte carnal.

Sexo se faz entre duas pessoas: os animais acasalam-se.

Mas... E com três ou mais números ímpares?

Alguém infeliz sem par sempre sai de sobra.

Portanto transar não traz alívio prazeroso que nem após uma mijada. Todo prazer aqui se dá no diálogo dos corpos entre si.

Corpos dialogam? Entre si? Certamente que sim. E sim!


O diálogo poético, consequentemente sublime, dos corpos há quando seus entes estão enamorados um doutro pelas atrações em ambos transparentes e por ambos exercidas em prol do seu cônjuge: com ambos amor então se faz! Mente portanto quem diz que sem amor se trepa com alguém.

Meu cheiro traz algo de mim consigo... Também a minha saliva... Mais os gestos de meus toques... Assim meu corpo por inteiro registra meu ser à flor da pele para quem quiser no mínimo perceber cotidianamente seus trejeitos por aí... No máximo? Tomá-lo para si com gosto!

Não é doação de mim a Fulana de Tal dos seios fartos e das ancas largas quando com ela brinco de pega-pega?

Também não é dela de si para mim quando com ardor deseja minha mão na sua cumbuca?

De fato tantas mágoas existem nas relações sexuais hodiernas pois nos ludribiamos a pensar mal que só praticamos tais atos por esporte... Tal esporte que se fantasia por ser demanda da fantasia de necessidade corporal...

Que nem devorar ou cagar? Jamais!

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