A Sabedoria Criança

Nossas instituições humanas, em geral, quando meditadas demais por alguém que deseja realmente sobre qualquer coisa saber, ou seja, por alguém que deseja simplesmente filosofar, ainda são meros brinquedos mal feitos se com as excelentes brincadeiras infantis comparadas. Os seres humanos adultos quase sempre dizem e redizem conterem a capacidade necessária consigo de lidar bem com a vida mas é tanto só palavreado do bom e mais nada por além de garganta. Não é na repetição simples dalgo qualquer no dito que se criará nele realidade pois o dito redito não há de ser necessariamente bendito. Tampouco na magia se faz assim. E nem impretando com mil jaculatórias ao Ser Senhor até. Conseqüentemente várias almas supostas adultas se levam com tanta seriedade que conseguem a vida, supostamente por uma lida boa levada, transformar em algo só desgostoso. Tal desgostosura, se constante, faz enfim qualquer viver insuportável. Portanto sem Carnaval ou belas artes, para só citar dois bons exemplos, dos raros adultos de boas imitações das folias pueris, as pessoas ditas amadurecidas, então verdadeiramente podres, iriam se matar perante sua vida tão séria quão, afinal, imbecil.

Sem idílica louvação ao ser infantil digo tanto pois saudosismo pouco tenho de quando criança fui. Também a pirralhada bem há de ser infernal e monstruosa quando se quer assim. Entretanto quanto mais envelhecemos mais perdemos a capacidade de viver bem, ou seja, de brincar. No brinquedo pueril nenhuma concepção sobre qualquer coisa bem é determinante para nos sufocar em sua convicção sem outra: nem mui frouxa para ter uma situação que mera bem é sem qualquer senso.

Portanto sem idílica louvação: vivas ao ser infantil!

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