Que posso dizer sobre qualquer livro tornado fenômeno de vendas? A maioria não presta. Do mercado não esperemos então uma crítica literária bem feita.

São muitos e diversos os atrativos nele para quem procura leitura fácil. Todavia ler sem um desafio na busca de compreender mais e melhor a realidade tratada no livro não dá.

Pieguice faz parte. Também discurso vazio. Não há necessidade doutras palavras para definir além da que todas as possíveis resume: desonestidade.

Quem consome não deve fazer exigência de seus direitos?

+

São noites maravilhosas as que são sempre repletas de música. Música! Faço questão de sair de mim ao menos um pouco quando desejo realmente ficar contente, só conseguindo tal façanha por raras ocasiões, algumas delas as que são consagradas ao frevo de bloco na noite da segunda de Carnaval.

+

Apesar das palavras duras Eclesiastes traz conforto: daqueles que só verdades podem oferecer. É difícil conseguir tal feito. Quando nos consolamos ou consolamos alguém fazemos o favor de bandear por um canto todas as inconveniências dos fatos. Ao propor o contrário desandamos em impropérios ao nosso favor inclusive. Os favores... Isto também é vaidade: já nos diz quem em Jerusalém reina.

Com tais palavras desenganadas plenas de consciência nos abrimos então ao verdadeiro conhecimento. 

+

Antão. Digamos que seu gesto de sair da convivência social para na maior parte do tempo viver em um deserto não é comum. Incomum demais até! Praticar algo que sua convicção mostra como digno de ser praticado, mesmo com possibilidade rara, não é para qualquer. Algo difícil mas que sua coragem permite fazer. Ao tomar um rumo que não pode ser compreendido pela mentalidade tacanha de quem além de si nada pode saber realmente (nem de si conseqüentemente também) Antão, sem comodismo, longe da balbúrdia do momento, tenta vislumbrar o seu real desejo. Daí decide viver no deserto.

Proporciona muitas experiências singulares a vida de quem decide ficar só. Também para quem não fica. Melhor até para quem não. Já pela renúncia de seguir a padronização majoritária da vivência que quando perdendo seu real sentido se torna fatalmente morta. 

Não fico tão só que nem tal anacoreta: mas um pouco comigo pelo menos.

+

Não vou dialogar com alguém que jamais por algum momento sentir vontade de também, em demonstrações claras, ter um diálogo comigo. Parece ser infantil mas não. Hei de respeitar os espaços alheios a mim! Se quem não abre para mim, de livre vontade, seu tempo para dialogar ao menos vez por outra comigo, com pelo menos iniciativa sua, que me resta senão me perceber invadindo sem qualquer convite?

Bicão!

+

Ao ver belas catedrais e suas alturas estonteantes,
Ao ver lindas mulheres e seus inúmeros gestos,
Ao ver tais monumentos os quais chamo de beleza
Contemplo de soslaio céu largo matinal

Sem anoitecer.

+

O frevo nasceu já com a capacidade de ser música clássica. Só lhe vem a faltar alguém que lhe faça compor assim. Capiba foi bom compositor? É. Mas precisamos dum que nem Ernesto Nazareth fazendo tanto pela música fluminense. Repito: frevo já nasceu com a capacidade de ser erudito musicalmente. Nenhum outro toque popular teve consigo tal capacidade. Por qual motivo? Melhor ouvir.

+

Admiro certas coisas pagãs. Um exemplo: seu louvor a Deusa Mãe. Sei que Deus não tem gênero mas, depois da concepção filosófica do “ser enquanto tal”, defini-lo como Mãe cabe. Preferência tenho, sem dúvida, pela derradeira nomeada metafórica. Toda figura materna tem mais proximidade com a Divindade Suprema que qualquer ser existente na realidade. “Ser enquanto tal”, por ser abstração, não é tão palpável que nem “Mãe”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Notas, Notas e Notas

Histórica Disposição

Busílis