A Verdadeira Nudez

Tanta nudez nos é contemporânea!... Porém é verdadeira? Pergunto tanto pois a verdade se quer nua. Mas após Eva tomar da pêra seu veneno nos vestimos em vestes sobre vestes. Vestes de pouco nos dizer e vestes de muito nos desdizer. Em disfarces. Embuçando qualquer ser ou coisa pois. Em nós infelizmente pegadas afinal qual segunda pele. Por um artifício maléfico transparecido nas mazelas sociais ou nos atormentos particulares.

Encontrar alguém então de corpo nu vem a ser algo tão necessário quanto respirar até. Ninguém amadurece sem estar nu! Ninguém amadurece também sem alguém nu contemplar! Em e por todos os sentidos. Nu pelo corpo sexual desenvolvido na sua plenitude. Dos corpos chegamos nas almas. Nas almas alcançamos o Ser Senhor nem que seja tão-só para chuparmos o leite da vida pelos bicos de suas mamas.

Assim eu sou nudista. De ser não só nudista mas igualmente naturista. Do natural essência divinamente. Portanto sexo jamais mal feito: tão infeliz pois na maior parte das nossas relações íntimas. A ponto de serem até perversas! E querer um corpo nu sem lho desejar íntimo nosso já não é nudez mas princípio de perversão. Eis tal perversão exemplar pela nudez contemporânea! Que só pode ser desfeita pelo corpo nu venerável: e jamais violável.

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