Grandes Trios Elétricos

O casal Carraro, quando de sua visita por Pernambuco para se fazer presença no casório do casal Barros, observou que melhor é todas as cerimônias nos templos católicos não necessitarem dar uso de sistemas eletrônicos sonoros. É de concordar com ele pois os templos antigos já foram feitos com acústica boa para propagar a voz tanto de quem celebra quanto de quem acolita no rito. Sem contar a necessidade de silêncio por qualquer devoção...

Necessidade?

Talvez quem é da Renovação Carismática discorde com veemência disso. Porém em qualquer religiosidade manifesta pela Terra todo silêncio se faz presente: com exceção da suposta católica nos tempos atuais. Mas... Suposta? Bem... Paciência peço para quem lê meus argumentos. Após tal leitura pode me xingar até de terríveis nomes feios. Atenção, entretanto, por agora: sim?

A missa fixada por Pio V contemplemos. E nos lembremos igualmente do grão Elias: profeta diante de Javé. Furacão? Terremoto? Fogo? Não: Deus está na branda viração. Não pomos nossa fé concorde com a Tradição Católica? Tal tradição, ao largo dos séculos e do século, foi quem deu, para nós de Roma, tal modo de celebrar. E nenhum outro modo católico, seja grego, seja d'África, seja qualquer outro, discordará da viração onde toda Divindade verdadeira se faz presente.

Não hei de dar explicações acerca de qualquer introspecção ou meditação que todo silêncio promove. Quem tem cabeça disso sabe.

Mas infelizmente não podemos nos livrar das caixas de som. Ou dos microfones. É que nosso mundo vai mais barulhento. Com seus automóveis. Com seus aparelhos de som. Com inquietude tamanha de fazer cada vez mais gente louca. Desde quaisquer tecnologias até todo pensamento revolucionário trazem consigo barulho demais. Tais coisas barulhentas chegam às portas das igrejas... Que fazer? Nós alteamos cada vez mais a voz de quem celebra por meios artificiais pois do contrário não lhe damos ouvidos...

Não lhe damos ouvidos? Sim. Por vezes até desejamos lhe dar atenção mas estamos no meio de furacões, terremotos e fogo. Não espirituais somente! Tais meios eletrônicos, além de facilitarem batuques mil, acabam por dispersar a nossa paz, até corporal, nos ares. E quem mora nos ares? Paulo nos explica.


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