A Política, Céus!... A Política!

“Contos de fada não dizem às crianças que dragões existem. Crianças já sabem que dragões existem. Contos de fada dizem às crianças que dragões podem ser mortos” (G.K. Chesterton).

"Viver é muito perigoso... Querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal, por principiar. Esses homens! Todos puxavam o mundo para si, para o concertar consertado. Mas cada um só vê e entende as coisas dum seu modo" (Guimarães Rosa).


Quem anseia defender sempre qualquer ideologia sua lha tomará por verdade sem mais. E por verdade verdadeiríssima segundo nossa querida Condessa de Três Estrelinhas e Marquesa de Rabicó! Também a pessoa defensora só daquilo que for seu dirá que todas as oposições são escolhas de fígado mais baço: jamais de coração ou cérebro. Tal intestina defesa vai terminar em pólvora com fogo. Não é bem assim? Explosão vulcânica! Vulcânica? Pior: acidentes irreparáveis em reatores atômicos. E por qual motivo qualquer ideologia resulta numa catastrófica destruição? E sem precedentes quiçá? Por ser mera fantasia: nunca realidade.

Só fantasias emilianas, aliás, são aceitáveis. E de tão aceitáveis maravilhosas!


Exceção esclarecida? Sigo com meu texto.

Nossa política se faz com partidos. Partidos de sangue nos olhos. Olhos de visão ideológica somente. Sacrificam a vida nas aras das meras abstrações a prometer um mundo só melhor. E que Minerva nos proteja disso pois de boas intenções inferno nenhum há de ser vazio! Por qual motivo tantas almas se lançam em tamanha patranha moderna? Sim: é moderna. Conseguiu sua maioridade na Revolução Francesa.

Colorirei jamais as épocas d'antanho com sua crença de só bem aceitar as coisas como de suposto são e mais nada. Porém a balbúrdia de cada cabeça não só ser uma sentença mas igualmente mandar e desmandar ao seu bel-prazer em Céus e Terra nada mais é que perversão. E bote perversão nisso! Qualquer fantasia desde já se faz e tão-só por seus devaneios existente. Perdemos a capacidade, portanto, com raríssimas exceções, de contar as gestas históricas às crianças que nem as fadas a contá-las às graças e musas: base de qualquer ciência digna de ter consciência de seu nome. Nenhuma perspectiva compreendemos bem assim pois só da particular fazemos não parte mas todo.

São várias as fadas. Elas amam conviverem entre si. Diversas às ideologias então que desejam por tara maníaca tomar o lugar único do ser enquanto tal.

Conseqüentemente? Diabólicas!

Volta Platão estrupiado de Siracusa. Quis ele ser a política sem ideologia por lá. Sem ideologia? Não vem a ser um anacronismo tamanho colocá-la por um momento tão anterior à Revolução Francesa? Digo cá das ideologias em semente pois estas, em sua plenitude, são os símplices egoísmos imbecis sistematizados por teses a defender sua descrição sem outra da realidade. Quem está por aqui no desengano somente, que nem o Platão cá descrito, capaz é de compreender a política. Do contrário só compreenderá politicalha.

Com base só nas impressões, sem qualquer investigação boa sobre tudo que percebemos então, decidimos aquilo que defenderemos por unhas e dentes. Há de ser a nosso favor sempre: primeira regra!

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