Algarobas Esquecidas

Por Antão e Nossa Senhora das Vitórias hei de freqüentar mais e mais as missas de feira se Deus quiser! Sou feliz pois carola. Porém da carolice meiga: bem aquela de quase nunca meter agressivamente seu bedelho nas vidas alheias particulares ou daquela que jamais roga pragas a quem anseia ter uma vida bandida cantada por Lobão. Após os supracitados grandes ritos católicos, quiçá também deles antes, vez por outra sentar-me-ei num dos bancos ou da Praça da Matriz ou da do Livramento. Difícil assim abancar-me por outra praça se não for após uma missa de meu gosto mínimo. Missa de reza: sem barulhos estrambóticos, que nem os supostamente carismáticos, e nem estripulias de qualquer espécie, com algo de teologia da libertação pelo seu meio (Mas... Qual o máximo? Tridentinas, de João Crisóstomo, bracarenses... Raríssimas infelizmente, Céus! Obras artísticas: não arremedos a Paulo VI). Bem então em assento vou me pôr a ler um bom livro de levar para tal ocasião. Livros de bolso na maior parte das vezes. E por outras uns de pôr embaixo das axilas que nem gente de nova seita com suas "briba".

Tempo bom é, por hoje, dar aos logradouros de minha cidade bom proveito. Quase sempre feia mas agora não tão quanto soía. Suportar uma peste sem possibilidade de qualquer convivência pública durante meses a fio bem ajuda tal aproveitar agora meu que certamente também é geral. A Dom Luiz de Brito, conhecida mais como "da Matriz", juntamente com a do Rosário, nos fins de semana tem parte de suas ruas interrompidas ao trânsito de carros e motos. Mesas de restaurantes e bares ocupam o chão das rodagens. Eu, normalmente pedestre, gosto tanto de não me preocupar com as costumeiras barbeiragens vitorienses aprendidas por autoescolas infernais!... Um dia chegue tal interrupção na Duque de Caxias ao Beco do Cornélio por até! Que se tenha bares e restaurantes, docerias e sorveterias, pelo Mercado de Farinha recém-restaurado livre das barracas que não o deixam bem à vista. Quem sabe desobstruída também das barracas a Praça da Bandeira? Custa sonhar? De cá por até chegar ao Templo do Bom Antão gente com seus lanches e bebidas a se divertir ou no passeio com suas famílias em meio de várias atrações desde musicais até circenses... Êta coisa boa! Por tais passeios estarão o Instituto Histórico e Geográfico mais o Silogeu que fica perante mais uma praça! Cafés filosóficos e peças de nos pregar peças até.

Vitória de Santo Antão tem um invejável potencial turístico tão mal aproveitado que... Céus!... É de perder qualquer paciência! Tem um santo padroeiro forte mas invocado pouquíssimo nas costumeiras preces católicas... A Restauração Pernambucana se principiou cá... Seu Carnaval já foi célebre no meu queridíssimo Pernambuco tão carnavalesco... Que tal restaurá-lo? Se precisará de ter insurreição para tanto? Bem... Ao menos algumas esperanças agora tenho no poder municipal. Quer o prefeito Paulo Roberto Leite de Arruda na cidade trabalhar e trabalhar. Enquanto nosso governador, da nação pernambucana, trabalha pouco? Sim. Enquanto nosso presidente, bem além de não trabalhar, atrapalha qualquer empreendimento benéfico para nosso país? Sim! Em serviço quase cotidiano! No globo terrestre que tenta sair duma pandemia triste... Talvez entrando por uma guerra de lascar além do suportável!... De ponta-cabeça boa parte do mundo: também assim está Vitória de Santo Antão que deseja não ser mais uma simples ruína. Risível chamar pois Bonança de Tapera? Bem... Esse desejo pelo torrão das tabocas hoje vai bem exemplificado nas obras prefeitas.

Há de me lembrar alguém aqui das finadas algarobas do Livramento. Toradas, e pela raiz arrancadas, sem dó, nem piedade, pela prefeitura. Que dizer? Eu fui contra tal selvageria. Porém arranjaram especialista da Rural a defender o fim das árvores com tamanha sombra de nos proteger do sol em imensa brasa. Bichadas iam, com risco de causar acidentes, tombar ao chão e sei lá mais quê... Será? Deveriam se tomar vários acadêmicos pareceres apresentados em palestras ao povo na Câmara para, com eles em mente, seguir em decisão sobre. Porém assim não foi. Nem esperaram o término da festa de Nossa Senhora do Livramento: pelo meio da sua novena botaram as algarobas abaixo! Durante tal serviço, de gente branca pois se de negra fosse trabalharia decerto com louvor, haja quizumba! Nas redes sociais da prefeitura choveram reclamações e com gosto. "Vitória, demonstra teu valor"? Que nada!... Vitória, mostra teu calor! Quentura dezembrina: para cozinhar ou torrar miolos na panela da cachola. Mas alguém retruca: "Quem fica nas praças em horário comercial vagabundeia"... Quer dizer então que só se pode trabalhar em horário tal? Ou folgar dele fora? Tal é burrice de se criar trânsito dos infernais no princípio das manhãs e no fim das tardes.

Apesar de tantas reclamações a praça foi reformada. Com novas árvores em mudas ainda. Praça só de bom proveito pela noite pois assim. Bem feita. Contudo sem as frondosas algarobas. Um vazio largo, por além dos verdes, toma de suas partes uma por onde Marcelo Lira comprava seus cigarros enquanto proseava comigo: no famoso "Gela 'Güela'". Barraca movimentada pois organizada: quase bar. Das outras diversa pois estas foram de só pegar gente bêbada no vício. Com álcool puro! Bastava riscar um fósforo... Tibei! Cabul! Danou-se tudo. Vão sendo feitos os futuros quiosques, para quem mantinha nessa praça suas antigas barracas, entre duas outras: a do Anjo da Vitória com a da Restauração. Vizinhas a do Livramento que tem uma vista limpa pois agora desimpedida. Fizeram quiosques entre Matriz e Rosário já. Ficaram lá bem pois são harmônicos com as suas praças. Largas praças! Que nem as dos futuros aqui citados. E minhas ideias aos pés d'Antão também servem aos pés da Senhora do Livramento! Livramento mais Anjo com Restauração e Leão Coroado. Que maravilha! Por qual motivo não? É de trazer emolumentos e bons momentos a Vitória!... De pegar, ora, gente bêbeda d'alegria!

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